O porta-voz do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusa os soldados do exército do Chade de dispararem de forma indiscriminada contra cidadãos da República Centro-africana
O porta-voz do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos acusa os soldados do exército do Chade de dispararem de forma indiscriminada contra cidadãos da República Centro-africana Os resultados preliminares de uma investigação da ONU a um ataque contra a multidão, no fim de semana passado, na capital da República Centro-africana (RCa), concluiu que os disparos que provocaram 30 mortos e três centenas de feridos foram feitos por soldados do exército chadiano, revelou esta sexta-feira, 4 de abril, o porta-voz do alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Os soldados dispararam contra a multidão de maneira indiscriminada, afirmou Rupert Colville, em Genebra (Suíça), explicando que a responsabilidade do ataque foi dos militares do Chade e não da Força africana (MISCa) presente na RCa, como inicialmente se suspeitava. Este foi o incidente mais grave envolvendo tropas estrangeiras na República Centro-africana desde a queda, em março de 2013, do presidente François Bozizé, provocada pelo movimento Séléka, uma coligação maioritariamente muçulmana e apoiada pelo Chade. a RC a está mergulhada há um ano numa espiral de violência entre as comunidades cristãs e muçulmanas, o que leva a ONU a temer um genocídio e uma limpeza étnica.