ativistas pedem ao governo e à oposição que respeitem os direitos humanos e mostram-se preocupados com «o uso de armas de fogo contra manifestantes». Em quase dois meses de protestos já morreram pelo menos 39 pessoas
ativistas pedem ao governo e à oposição que respeitem os direitos humanos e mostram-se preocupados com «o uso de armas de fogo contra manifestantes». Em quase dois meses de protestos já morreram pelo menos 39 pessoas a amnistia Internacional (aI) apresentou esta terça-feira, 1 de abril, um relatório sobre a violência na Venezuela e pediu aos elementos do governo e da oposição que coloquem os direitos humanos no topo da agenda política. Se a situação se mantiver, o país pode enfrentar um maior número de abusos, como a violência policial, perseguição a jornalistas ou detenções arbitrárias, alertou Esteban Beltrán, diretor da unidade espanhola da aI. No documento, que realça o facto de terem morrido já 39 pessoas e mais de 560 terem ficado feridas em quase dois meses de protestos, é relatado, entre outros, o caso do estudante Génesis Carmona, de 22 anos, morto em 18 de fevereiro, supostamente baleado por um grupo armado pró-governo, e do guarda nacional Giovanny José Pantoja Hernández, atingido por tiros de pessoas não identificadas. Segundo a aI, a violência tem sido utilizada tanto pelas forças de segurança – que até torturaram manifestantes – como por grupos pró-governo, manifestantes e indivíduos não identificados. Os ativistas, citados pelas agências internacionais, denunciam ainda a existência de grupos armados pró-governo que usam a violência para atacar manifestantes durante os protestos, muitas vezes diante da presença das forças de segurança, sem que estas atuem.