O relatório anual da amnistia Internacional revela um aumento do número de executados em 2013. E os dados não incluem as execuções na China, onde a pena capital é considerada um segredo de Estado
O relatório anual da amnistia Internacional revela um aumento do número de executados em 2013. E os dados não incluem as execuções na China, onde a pena capital é considerada um segredo de Estado O processo de abolição da pena de morte no mundo sofreu alguns retrocessos difíceis em 2013, de acordo com o mais recente relatório da amnistia Internacional (aI) divulgado esta quinta-feira, 27 de março. Foram contabilizadas 778 execuções em 22 países, o que representa um aumento de 15 por cento em relação ao ano anterior, e este número não inclui os milhares de pessoas executadas na China, onde a pena de morte é considerada segredo de Estado. Segundo os dados recolhidos pela aI, perto de 80 por cento das execuções ocorreram em apenas três países: Irão, Iraque e arábia Saudita. Em 2013, o número de países que aplicaram a pena de morte também subiu para 22 – mais um do que em 2012. Os métodos usados variaram entre a decapitação, eletrocussão, enforcamento, fuzilamento e injeção letal. O relatório, citado pela agência Lusa, indica ainda que quatro países (Nigéria, Kuwait, Indonésia e Vietname) voltaram a recorrer à pena capital, após anos de interregno. No total, o ano passado, foram proferidas pelo menos 1. 925 sentenças de morte, em 57 países, e mais de 23 mil pessoas estavam em corredores da morte. a novidade é que, pela primeira vez, os corredores da morte em Grenada, Guatemala e Santa Lucia estavam sem prisioneiros. a generalidade dos países que continuam a aplicar a pena capital argumenta que este tipo de punição é dissuasor do crime, mas os responsáveis da aI consideram que esta é uma posição cada vez mais insustentável e desacreditada. Não há provas convincentes de que a pena capital seja particularmente dissuasora do crime, alegam os ativistas dos direitos humanos.