Duzentas mil grávidas precisam de cuidados urgentes na Síria. Para as apoiar, o Fundo de População das Nações Unidas «precisa de ajuda financeira para continuar o trabalho e garantir também apoio materno [e] serviços de saúde reprodutiva»
Duzentas mil grávidas precisam de cuidados urgentes na Síria. Para as apoiar, o Fundo de População das Nações Unidas «precisa de ajuda financeira para continuar o trabalho e garantir também apoio materno [e] serviços de saúde reprodutiva»O Fundo de População das Nações Unidas (UNFPa) está a pedir ajuda urgente para cerca de 200 mil grávidas na Síria. Desde o início da crise, há três anos, o UNFP a ajudou no nascimento de 240 mil bebés sírios. Em 2013, a agência conseguiu erguer 26 centros de saúde, beneficiando quase dois milhões de mulheres. Contudo, o UNFP a precisa de ajuda financeira para continuar o trabalho e garantir também apoio materno, serviços de saúde reprodutiva e de planeamento familiar.
De acordo com a agência das Nações Unidas, diariamente, quase 1,5 mil mulheres dão à luz em condições terríveis. a desnutrição, a falta de assistência médica e partos arriscados são alguns dos desafios enfrentados pelas grávidas sírias, aponta a Rádio ONU. a estas situações acrescem os problemas ginecológicos e psicológicos, segundo Daniel Baker, representante do UNFP a na Síria.
Os três anos de conflito na Síria levaram ao colapso do sistema de saúde e à falta de pessoal qualificado, indica a agência. a falta de segurança motivou as grávidas a optar por cesarianas, garantido assim o acesso a um obstetra na hora do parto. Tal situação resultou num aumento do número de cesarianas na Síria, um índice que subiu para 45 por cento no último ano.
antes do conflito, apenas 19 por cento das grávidas optavam pela cesariana. a recomendação global é de que apenas 15 por cento dos nascimentos se realizem por esse meio. De acordo com o UNFPa, outra das consequências diretas da guerra civil é o aumento da violência doméstica, abuso sexual e casamentos precoces.