amnistia Internacional lançou forte campanha contra a aceitação social e jurídica da violação que ainda existe em determinados países e regiões. Moçambique é exemplo preocupante apontado pela organização, no seguimento de uma lei marroquina idêntica
amnistia Internacional lançou forte campanha contra a aceitação social e jurídica da violação que ainda existe em determinados países e regiões. Moçambique é exemplo preocupante apontado pela organização, no seguimento de uma lei marroquina idêntica Os legisladores em Moçambique estão a debater neste momento se se pode permitir que um violador saia em liberdade se aceitar casar com a sobrevivente do seu ataque, denuncia a amnistia Internacional (aI), no âmbito de uma campanha contra a violência sexual. Perante o absurdo do exemplo, a organização de direitos humanos deixa o aviso sobre o que se passa neste país lusófono. Leu corretamente: se esta lei for aprovada, os violadores não só ficarão livres, como também terão a possibilidade de submeter as mulheres que sobreviveram aos seus ataques durante o casamento. Segundo a aI, os ativistas da organização estão a trabalhar para impedir que a lei seja promulgada, entupindo o correio dos decisores moçambicanos com cartas e ações específicas opondo-se a esta grave violação dos direitos das mulheres. Leis como esta não são novidade, argumenta a organização – já foram promulgadas antes. Relata a amnistia que, em Marrocos, amina Filali foi forçada a casar-se com um homem que a violou.com uma consequência trágica, neste caso. Desesperada, amina suicidou-se ao engolir veneno de rato em 2012. Tinha 16 anos.