Os direitos humanos das mulheres já percorreram um longo caminho, mas ainda há muito a fazer e pouco tempo para isso, notou o secretário-geral das Nações Unidas, na abertura da sessão dos trabalhos da Comissão sobre o Estatuto da Mulher deste ano
Os direitos humanos das mulheres já percorreram um longo caminho, mas ainda há muito a fazer e pouco tempo para isso, notou o secretário-geral das Nações Unidas, na abertura da sessão dos trabalhos da Comissão sobre o Estatuto da Mulher deste ano a Comissão sobre o Estatuto da Mulher vai concentrar os seus trabalhos de 2014 no desenvolvimento, em especial nas questões da educação e dos direitos reprodutivos. Não podemos alcançar um mundo de dignidade para todos, até acabar com a desigualdade de género sob todas as suas formas, enfatizou Ban Ki-moon na abertura da 58. a sessão desta comissão, cujos trabalhos se prolongam até 21 de março. Mais de seis mil representantes inscritos pelos 193 estados-membros das Nações Unidas e por organizações não governamentais preparam-se para discutir os desafios e as conquistas na implementação das oito metas contra a pobreza, conhecidos como os Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) antes do final do prazo de 2015. a discussão do documento final contribuirá para a definição de uma futura agenda de desenvolvimento. Há participantes a pressionarem para que se estabeleça um objetivo independente que aponte a necessidade de dar poder às mulheres na agenda de desenvolvimento pós-2015. a reunião da Comissão deste ano antecipa o 20. º aniversário da Quarta Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em Pequim, em 1995. a Declaração de Pequim e a Plataforma de ação, aprovadas por unanimidade por 189 países nessa conferência, são documentos fundamentais da política global sobre a igualdade de género, que abordam áreas críticas como as mulheres e a pobreza, a violência contra as mulheres e os direitos das mulheres.