Perante o quadro sombrio da República Centro-africana, onde meses de violência inte
rreligiosa tem destruído as instituições do Estado, milhões foram deixados à beira da inanição, ameaçando sugar toda a região, sobram apelos à ação internacional
Perante o quadro sombrio da República Centro-africana, onde meses de violência inte
rreligiosa tem destruído as instituições do Estado, milhões foram deixados à beira da inanição, ameaçando sugar toda a região, sobram apelos à ação internacional Uma responsável máxima humanitária das Nações Unidas apelou esta sexta-feira, 7 de março,a uma ação internacional urgente – com mais forças de paz e mais ajuda – para acabar com a crise no país devastado pela guerra. a situação na República Centro-africana (RCa) é extremamente grave e uma ação urgente é pedida por todos, para evitar mais derramamento de sangue, sublinhou Valerie amos, subsecretário-geral para os assuntos Humanitários. a violência na RC a conduziu a um colapso total do Estado. Este conflito centro-africano irrompeu quando rebeldes da aliança Séléka’ lançaram ataques, em dezembro de 2012, que assumiram conotações cada vez mais sectárias depois de milícias, maioritariamente cristãs, conhecidas como anti-Balaka’, pegaram em armas para responder. Estima-se que milhares de pessoas morreram e que outros 2,2 milhões, cerca de metade da população, necessite de ajuda humanitária. Um Estado que já estava muito fraco, agora realmente não tem quaisquer instituições. Não é possível prestar serviços básicos e não há capacidade para acabar com a violência, apontou Valerie amos, descrevendo o medo palpável nos olhos das pessoas que ela conheceu numa recente visita à capital, Bangui, e também em Bossangoa, no Norte do território centro-africano. Muitas pessoas [dizem] que queriam sair do país.