Milhares de pessoas estão sem acesso à assistência médica no Sudão do Sul devido ao desrespeito pelo trabalho médico-humanitário no país
Milhares de pessoas estão sem acesso à assistência médica no Sudão do Sul devido ao desrespeito pelo trabalho médico-humanitário no paísEnquanto cidades inteiras no Sudão do Sul sofrem ataques devastadores, também os serviços de saúde se tornaram alvo de violência, com pacientes a serem baleados nas suas camas, alas incendiadas, equipamento médico saqueado e um hospital inteiro destruído, indica em comunicado a organização humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), acrescentando que milhares de pessoas tiveram a assistência essencial negada.
De acordo com Raphael Gorgeu, coordenador-geral dos MSF, estas investidas fazem parte de conflitos ainda mais extensos. ataques a instalações médicas e pacientes são parte de um cenário mais amplo de ataques brutais às cidades, mercados e instalações públicas, contou a responsável. Para Raphael Gorgeu, estes ataques, além privarem as pessoas mais vulneráveis de assistência essencial quando mais precisam, revelam ainda uma completa falta de respeito pelos médicos.
Segundo esta responsável, os hospitais, ao contrário de serem refúgios seguros para tratamento são agora alvo de ataque e brutalidade. Em comunicado, a profissional dos MSF chama a atenção para os milhares de pessoas que necessitam de ajuda urgente.
[Os hospitais] são lugares a serem temidos ao invés de serem confiáveis, o que caracteriza uma completa inversão de seu propósito e papel. Centenas de milhares de pessoas estão a precisar desesperadamente de abrigo, alimentos, água e cuidados de saúde no Sudão do Sul. a questão é: como prover ajuda neutra e efetiva nesse clima de completo de desrespeito e medo?, alerta Raphael Gorgeu.