«Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma predileção que Ele tinha pelos doentes e atribulados, difundindo alí­vio e paz», afirmou o Papa Francisco na sua audiência geral desta última quarta-feira de fevereiro
«Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma predileção que Ele tinha pelos doentes e atribulados, difundindo alí­vio e paz», afirmou o Papa Francisco na sua audiência geral desta última quarta-feira de fevereiroNa hora da dor e da doença não estamos sozinhos disse Francisco na audiência geral deste dia 26 de fevereiro perante cerca de 50 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro, falando concretamente do sacramento da Unção dos enfermos. Desejo falar-vos do sacramento da Unção dos enfermos, que nos permite experimentar a compaixão de Deus pelo homem. No passado chamava-se Extrema unção’, porque era entendido como conforto espiritual na iminência da morte. Mas falar de Unção dos enfermos’ ajuda-nos a colocar o olhar sobre a experiência da doença e do sofrimento, no horizonte da misericórdia de Deus, explicou o Pontífice. Referindo-se à parábola do bom samaritano, Francisco afirmou que ela oferece-nos uma imagem desse mistério porque o gesto de cuidar de um ferido derramando sobre as suas feridas óleo e vinho, remete para o óleo dos enfermos. E tudo aquilo que ele fez sem olhar a gastos, mas confiando o homem ferido aos cuidados do dono de uma pensão, representa a Igreja, a quem Jesus confia os atribulados no corpo ou no espírito. Jesus ensinou aos seus discípulos a mesma predileção que Ele tinha pelos doentes e atribulados, acrescentou o Santo Padre, lembrando àqueles que consideram o sofrimento e a morte como um tabu que a unção dos enfermos mostra que pertencemos a Ele e que nem a doença, nem a morte, nos poderá separar d’Ele. Por vezes, explicou o Papa, as pessoas não chamam o padre porque têm receio de assustar o doente, pensando que depois do sacerdote vem a funerária. Quando, afinal, é para que Jesus o alivie, lhe dê força e esperança, o ajude e eventualmente lhe perdoe os pecados. E isto é belíssimo. Resumindo a sua alocução para os peregrinos de língua portuguesa, e dando-lhes a sua bênção, o Papa referiu ainda que em cada um dos sacramentos da Igreja, Jesus está presente e nos faz participar da sua vida e da sua misericórdia, e convidou por isso as pessoas a conhecê-Lo sempre mais, para poderem servi-Lo nos irmãos, especialmente nos doentes.