Um novo relatório do Banco Mundial pede medidas ousadas e coordenadas que fomentem a igualdade de oportunidades para a mulher no mercado de trabalho. Entre as várias propostas, destaca-se o alargamento do acesso à propriedade e às finanças
Um novo relatório do Banco Mundial pede medidas ousadas e coordenadas que fomentem a igualdade de oportunidades para a mulher no mercado de trabalho. Entre as várias propostas, destaca-se o alargamento do acesso à propriedade e às finançasas estatísticas a nível mundial são claras: as mulheres são cada vez mais afetadas pela exclusão económica e a tendência dos últimos 20 anos indica que a participação da mulher na força de trabalho reduziu dois pontos percentuais em todo o mundo. Isto, apesar de todos os sinais apontarem para a evidência que o emprego feminino pode beneficiar as famílias, as empresas e as comunidades. Estes dados constam do novo relatório do Banco Mundial, onde se conclui que é urgente tomar medidas ousadas e coordenadas para proporcionar a igualdade de oportunidades no acesso ao mercado de trabalho, combater os preconceitos de género e alargar o acesso da mulher à propriedade e às finanças. Se forem reduzidas as disparidades de género no local de trabalho podem gerar-se importantes benefícios em matéria de desenvolvimento: pode melhorar-se a saúde e educação das crianças, contribuir para a redução da pobreza e fomentar a produtividade, explicou Jim Yong Kim, presidente do Grupo do Banco Mundial. ainda há muitas mulheres que não têm liberdades e oportunidades, e enfrentam enormes desigualdades no mercado de trabalho. Esta é uma questão urgente. Não atuar significa perder uma grande oportunidade. até ao momento, avançou-se muito pouco e com demasiada lentidão, sublinhou o responsável, realçando que as mulheres pobres são mais propensas a sofrer múltiplas limitações. Segundo o relatório, dado que as mulheres começam desde cedo a enfrentar limitações de âmbito laboral, a redução as desigualdades passa por medidas progressivas, gerais e coordenadas. Ou seja, pela inclusão da igualdade de género nas estratégias de emprego e crescimento, pela reforma dos sistemas jurídicos, e pelo envolvimento do setor privado na procura de soluções inovadoras para a promoção da igualdade de oportunidades. Hoje em dia, aproveita-se apenas metade do potencial produtivo das mulheres a nível mundial. Isto é um desperdício, dado que a igualdade de género no local de trabalho é extremamente benéfico, tanto no âmbito do desenvolvimento como da atividade empresarial. O compromisso deve começar com a tarefa de fomentar as capacidades e aspirações dos meninos e meninas em igual medida, desde os primeiros anos, de forma a criar um efeito suficientemente duradouro para que as futuras gerações vivam num mundo mais equitativo e próspero, afirmou, por sua vez, Jeni Klugman, um dos autores do estudo.