a UNICEF fez um apelo de emergência de 2,2 mil milhões de dólares, o maior de sempre da agência, para apoiar 85 milhões de pessoas, entre as quais 59 milhões de crianças, em 50 países
a UNICEF fez um apelo de emergência de 2,2 mil milhões de dólares, o maior de sempre da agência, para apoiar 85 milhões de pessoas, entre as quais 59 milhões de crianças, em 50 paísesPara ajudar 85 milhões de pessoas, em dezenas de países, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançou o maior apelo de emergência de sempre, esta sexta-feira, 21 de fevereiro. O montante inédito (que ronda 1,6 mil milhões de euros) previsto no apelo Humanitário para as Crianças em 2014 deve-se ao número de situações de emergência em larga escala e de grande complexidade que continuam a causar deslocações massivas de populações e a pôr em risco a vida e o bem-estar de milhões de crianças, indica a UNICEF, em comunicado.
Uma percentagem deste montante (28 por cento) destina-se a fornecer água, higiene e saneamento a 23 milhões de crianças e outros 20 por cento a alimentar 2,7 milhões de crianças com malnutrição aguda severa. Cerca de 40 por cento do total pedido, 835 milhões de dólares, são designados à Síria e àquela sub-região, onde a UNICEF pretende dar assistência vital, sobretudo em imunização, água e saneamento, educação e proteção, mas também para fomentar competências em matéria de coesão social e de reforço da paz.
além da Síria, também os menores do Sudão do Sul e milhões de outras crianças afetadas pelos conflitos na República Centro-africana e na Síria vão ser apoiados. apesar destes serem os casos que atualmente centram mais atenções mediáticas, há muitas outras situações críticas para as quais também é necessário financiamento imediato e ajuda humanitária urgente, recorda Ted Chaiban, diretor de programas de emergência da UNICEF, destacando os casos do afeganistão, da Colômbia, da República Democrática do Congo, da Birmânia, da Somália, ou do Iémen.
Entre os 50 países para os quais a UNICEF pede um montante específico está também a angola, para o qual são pedidos seis milhões de dólares, metade dos quais se designam ao setor da água, higiene e saneamento, devido à crítica falta de água. as crianças são sempre o grupo mais vulnerável em emergências, correndo riscos elevados de violência, exploração, doença e negligência, frisou Ted Chaiban, citado pela agência Lusa.