Em resultado da crise económica e do aumento da xenofobia, a organização Médicos do Mundo vai pedir, em atenas, o «reforço do acesso à saúde para as populações desfavorecidas da Europa»
Em resultado da crise económica e do aumento da xenofobia, a organização Médicos do Mundo vai pedir, em atenas, o «reforço do acesso à saúde para as populações desfavorecidas da Europa» a associação Médicos do Mundo (MdM) pede o reforço do acesso à saúde para as populações desfavorecidas da Europa, em consequência da crise económica e do aumento da xenofobia. a proposta vai ser apresentada pelos presidentes da Organização Não Governamental (ONG) da Grécia, Espanha, França e alemanha, durante uma conferência de imprensa, dia 21 de fevereiro, pelas 12h15, no Ionic Center, em atenas (Grécia), por ocasião de um encontro internacional e da presidência grega da União Europeia (UE).

Em comunicado, a ONG indica que em toda a Europa muitas pessoas tiveram de enfrentar crescentes constrangimentos financeiros, testemunhando-se cada vez mais casos de mulheres sem apoio pré-natal e crianças sem acesso a vacinação. Segundo a associação, migrantes indocumentados e pessoas carenciadas com doenças crónicas já não conseguem fazer face às despesas de saúde em Espanha. Já na Grécia, observa-se uma enorme pressão sobre o sistema público de saúde. Por sua vez, em muitos outros Estados-membros, diminuíram os apoios aos doentes, com os mais necessitados a serem as primeiras vítimas destas políticas, denuncia a organização.

No mesmo documento, a associação MdM indica que recusa excluir qualquer pessoa em virtude do seu estatuto administrativo ou da falta de recursos financeiros, adiantando que é necessário que os sistemas públicos de saúde se baseiem na solidariedade, igualdade e equidade, abertos a todos os que vivem na UE, especialmente os mais desfavorecidos.

a associação exige igualdade de acesso de todos aos sistemas nacionais de imunização e de cuidados pediátricos e frisa que todas as grávidas devem ter igual acesso a cuidados pré e pós-natal. após a conferência de imprensa, a partir das 14h00, membros da ONG da Grécia, alemanha, Bélgica, Canadá, Espanha, França, Japão, Holanda, Portugal, Reino Unido, Suécia, Suíça e Estados Unidos da américa vão prestar a sua solidariedade à população grega, numa concentração na Praça Monastiraki, em atenas.