Bento XVI mostrou a sua esperança de que “se dissipem as actuais dificuldades” nas relações entre a Igreja e o Governo venezuelano e insistiu que esta precisa de “liberdade para exercer a sua missão”.
Bento XVI mostrou a sua esperança de que “se dissipem as actuais dificuldades” nas relações entre a Igreja e o Governo venezuelano e insistiu que esta precisa de “liberdade para exercer a sua missão”. Este era o conteúdo de uma mensagem dirigida pelo pontífice ao novo embaixador da Venezuela no Vaticano, Ivan Guillermo Rincón Urdaneta, que apresentou as suas credenciais ontem, 25 de agosto.
O Papa aludiu a um discurso pronunciado por João Paulo II ao corpo diplomático no ano passado: não há que temer que a justa liberdade religiosa seja um limite para as outras liberdades ou prejudique a convivência civil.
E acrescentou: ao fazer minhas estas palavras, espero vivamente que se dissipem as dificuldades actuais nas relações Igreja-Estado e se regresse a uma fecunda colaboração em continuidade com a nobre tradição venezuelana.
No seu discurso, Bento XVI recordou que a igreja católica, na sua missão, proclama o perdão e a reconciliação que, oferecido e recebido de coração, é o único modo de chegar a uma concórdia estável, sem que as legítimas discrepâncias cheguem a tornar-se conflitos agressivos.
Por outro lado, destacou o constante trabalho social da Igreja na Venezuela e em concreto o caso das escolas católicas, que contribuem à educação de crianças e jovens segundo o desejo e a livre opção dos seus pais.
O Papa Bento XVI concluiu o seu discurso com a esperança de que as relações de Venezuela com a Santa Sé se reforcem e progridam, e assegurou ao novo embaixador o acolhimento e o apoio necessários para que tal propósito se faça realidade.