Cerca de sete milhões correm risco de insegurança alimentar no Sudão do Sul. E já há 3,7 milhões que enfrentam níveis agudos ou de emergência, uma imagem bem mais sombria que há apenas três semanas e que aponta para uma grande crise de nutrição
Cerca de sete milhões correm risco de insegurança alimentar no Sudão do Sul. E já há 3,7 milhões que enfrentam níveis agudos ou de emergência, uma imagem bem mais sombria que há apenas três semanas e que aponta para uma grande crise de nutrição as Nações Unidas advertiram esta quarta-feira para o facto de dois terços da população total do Sudão do Sul enfrentarem o risco de insegurança alimentar, num agravamento da situação desde há três semanas. Os mercados entraram em colapso, as infraestruturas estão danificadas, os comerciantes estrangeiros fugiram, os corredores de abastecimento de bens foram interrompidos pela violência e as populações rurais são incapazes de trazer as suas colheitas, gado e peixe para vender nos mercados, detalhou a representante da Organização para alimentação e agricultura (FaO), Sue Lautze, sobre o mais novo país do mundo, onde a guerra eclodiu em dezembro entre as forças leais do Presidente Salva Kiir e as do vice-presidente deposto Riek Machar. O Sudão do Sul já foi palco de uma das maiores operações humanitárias do mundo antes dos combates terem começado e a situação está a deteriorar-se rapidamente, explicou Sue Lautze. a FaO explicou que uns 870 mil sul-sudaneses fugiram das suas casas desde que os confrontos se iniciaram a 15 de dezembro, mais do dobro da população de 355 mil relatada há apenas três semanas.