Um estudo efetuado por uma organização não governamental revela que existem perto de 140 milhões de mulheres em todo o mundo que têm os genitais mutilados. No Mali, por exemplo, 98 por cento das raparigas foram vítimas de mutilação genital
Um estudo efetuado por uma organização não governamental revela que existem perto de 140 milhões de mulheres em todo o mundo que têm os genitais mutilados. No Mali, por exemplo, 98 por cento das raparigas foram vítimas de mutilação genital a cada seis minutos, uma menor de idade sofre de mutilação genital, o que significa que em todo o mundo, todos os anos há três milhões de meninas e adolescentes vítimas da extração da parte externa dos genitais por questões culturais. Em alguns países, como é o caso do Quénia, esta prática é proibida por lei. Porém, está tão enraizada na sociedade, que se torna muito difícil erradicá-la. Segundo Susanna Oliver, diretora de projetos da organização não governamental World Vision, há neste momento cerca de 140 milhões de mulheres em todo o mundo que têm os genitais mutilados. Embora a incidência altere de país para país, há locais, como o Mali, onde 98 por cento das mulheres sofreu de mutilação genital. O ritual é feito com a conivência dos pais das menores, que acreditam estar a fazer o melhor para a criança. a idade das vítimas varia, mas geralmente a excisão feminina é praticada em meninas com idades entre os oito e os nove anos, e é entendida como um passo prévio para o matrimónio, uma espécie de preparação para a idade adulta. Há muitas coisas nas comunidades que estão associadas à mutilação, como por exemplo uma mulher não excisada não poder herdar os bens do marido, não poder entrar na cerimónia de circuncisão dos jovens ou não poder casar-se, acrescentou Tabitha Portereu, dirigente da mesma organização. Portereu lidera um conjunto de iniciativas que vão desde a sensibilização das comunidades até ao acolhimento das menores que fogem de casa para evitar a mutilação. aproveitando a proximidade do Dia Mundial para a Erradicação da Mutilação Genital Feminina, que se celebra quinta-feira, 6 de fevereiro, a Word Vision, deu como exemplo o trabalho que tem desenvolvido no Quénia, e que já evitou que 3. 046 meninas fossem mutiladas.