Doze famílias, oriundas de diferentes regiões de Moçambique, deixaram a sua casa para se transferirem para o Centro Catequético do Guiúa para um ano intenso de formação humana, religiosa e pastoral
Doze famílias, oriundas de diferentes regiões de Moçambique, deixaram a sua casa para se transferirem para o Centro Catequético do Guiúa para um ano intenso de formação humana, religiosa e pastoralEste é o oitavo ano em que é dada formação anual a famílias de catequistas, experiência única em Moçambique. Não existe um ano igual ao outro, nem famílias parecidas ou situações semelhantes. Esta diversidade desafia os missionários a descobrirem sempre respostas novas, a encontrarem outras maneiras de falar, de pensar, de inventar caminhos para quem pede soluções. Este ano, a deslocação foi mais atribulada por causa da tensão político militar que se verifica em Moçambique. as viagens dos que vinham do norte do país foram as que mais geraram preocupação. Da diocese de Líchinga, no longínquo Niassa, vieram duas famílias. Outra partiu do Gurué e ainda outra de Tete. Se a de Tete atravessou a zona crítica sem problema, as outras três viram-se obrigadas a passar duas noites no caminho, não tanto por causa dos conflitos, mas porque, na mesma zona, o leito de um rio extravasou e impediu a passagem. Chegaram ao Guiúa já de noite, cansadas mas com um sorriso cheio de expectativa e contentes por verem pela primeira vez as casas em que habitarão nos próximos 12 meses. a pequena Leucádia, com apenas dois meses, não se perturbou nem com a viagem, nem com a mudança de casa e continuou mamando, tranquila, ao colo da mãe. Na missa de receção, as famílias de catequistas foram apresentadas à comunidade católica do Guiúa. Na quarta-feira, 5 de fevereiro, arrancamos com a formação destes homens e mulheres e toda a missão se prepara e se agita, orbitando todo o ano à volta destes agentes de pastoral. Que possam ser anúncio de Fé e de esperança, neste Moçambique tão frágil, e tão necessitado de paz.