as autoridades europeias estão preocupadas com o uso das redes sociais para recrutamento de jovens para a guerra na Síria. Muitos dos europeus que se converteram ao islamismo criam páginas na internet para atrair mais simpatizantes para a causa
as autoridades europeias estão preocupadas com o uso das redes sociais para recrutamento de jovens para a guerra na Síria. Muitos dos europeus que se converteram ao islamismo criam páginas na internet para atrair mais simpatizantes para a causa a Comissão Europeia recomendou recentemente aos governos dos Estados membros que removam o material ilegal da internet e procurem reduzir o impacto nas redes sociais das tentativas de recrutamento de jovens europeus para a guerra na Síria. Nos últimos meses têm surgido diversas páginas, sobretudo no Facebook, supostamente abertas por outros jovens que já lutam em território sírio, e procuram atrair mais combatentes. a maioria dos perfis, segundo a BBC, está relacionada com europeus que se terão convertido ao islamismo radical contra a vontade da família, e passado a integrar os batalhões do Estado Islâmico no Iraque e Levante, um grupo ligado à al-Qaeda que pretende instalar a sharia (lei islâmica) na Síria. além das fotos dos supostos combatentes com o rosto visível, as páginas contêm mensagens não apenas contra o governo de Bashar al-assad, mas também contra grupos rebeldes moderados e contra toda forma de democracia. as autoridades francesas estimam que cerca de 250 cidadãos do seu país estejam neste momento envolvidos em combates na Síria. Na Bélgica, o ministério dos Negócios Estrangeiros já identificou cerca de 200 cidadãos que lutam em território sírio, além de 20 já mortos, mas afirma que esses números variam rapidamente. Para François Ducrotté, analista do centro de pesquisa International Security Information Service (ISIS), com base em Bruxelas, a divulgação nas redes sociais é também uma forma de exibicionismo para jovens procedentes de classes desfavorecidas. É um orgulho para eles (mostrar a vida que levam na Síria). Essas pessoas, que são geralmente esquecidas pela sociedade, podem ter um momento de glória lutando por uma causa que talvez nem conheçam. E elas utilizam as redes sociais para ganhar protagonismo, afirmou em entrevista à BBC.