Organização de defesa dos direitos humanos pediu ao parlamento grego que abra uma investigação urgente para apurar a veracidade das denúncias de supostas expulsões de imigrantes em massa, por parte da guarda costeira
Organização de defesa dos direitos humanos pediu ao parlamento grego que abra uma investigação urgente para apurar a veracidade das denúncias de supostas expulsões de imigrantes em massa, por parte da guarda costeira apesar da resposta negativa do governo, temos ouvido muitos casos de expulsões forçadas que põem em risco a vida dos imigrantes, alertaram os responsáveis da Human Rights Watch (HRW), num comunicado enviado ao parlamento grego, a pedir que se abra um inquérito aos alegados repatriamentos coletivos promovidos pela guarda costeira, a partir da fronteira com a Turquia. No passado dia 20 de janeiro, 12 mulheres e crianças morreram na ilha de Farmakonisi. Os sobreviventes disseram tratar-se de uma operação de expulsão ilegal de imigrantes, que ignorou até as más condições climatéricas que se faziam sentir nesse dia. Em declarações aos serviços do alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (aCNUR), explicaram que o barco onde seguiam 28 pessoas foi rebocado a alta velocidade pela guarda costeira grega, até à costa turca. Quando a embarcação naufragou, nem sequer foram socorridos. além da HRW, também o comissário para os Direitos Humanos do Conselho da Europa, Nils Muiznieks, e a comissária de assuntos Internos da União Europeia (UE), Cecília Malmstrom, se mostraram preocupados com as denúncias. Se o país quer ter um papel de liderança no debate sobre imigração, o governo tem que demonstrar primeiro que consegue cumprir as suas obrigações em matéria de direitos humanos, sublinhou a assessora de investigação da UE para a Europa Ocidental, Eva Cossé.