O aprofundamento das disparidades de rendimento por todo o mundo fez disparar o alarme para a situação. Responsáveis alertaram para mudança de padrões de crescimento mais inclusivos apoiada por políticas redistributivas e mudanças nas normas sociais

O aprofundamento das disparidades de rendimento por todo o mundo fez disparar o alarme para a situação. Responsáveis alertaram para mudança de padrões de crescimento mais inclusivos apoiada por políticas redistributivas e mudanças nas normas sociais
as desigualdades nos níveis de hoje são injustas e estão também a impedir o progresso humano, afirmou a administradora do Programa das Nações Unidas de Desenvolvimento (PNUD), Helen Clark, no lançamento do novo relatório da agência, com o título a Humanidade Dividida: Confrontando a desigualdade nos países em desenvolvimento, que revela que a desigualdade de rendimento aumentou 11 por cento naqueles países ao longo das décadas entre 1990 e 2010. Entre as estatísticas mais impressionantes, o relatório observa que uma maioria significativa das famílias nos países em desenvolvimento – mais de 75 por cento da população mundial – vivem hoje em sociedades onde o rendimento é mais desigualmente distribuído do que era na década de 1990. além disso, o um por cento mais rico da população mundial detém cerca de 40 por cento dos ativos mundiais, enquanto que a metade inferior é dono de nada mais que um por cento. Se não for controlada esta disparidade profunda pode vir minar as próprias bases do desenvolvimento, do progresso económico e da paz social e doméstica. Helen Clark adianta no seu prefácio ao relatório que os sinais das diferenças acentuadas na riqueza, educação e outros recursos materiais influenciam o modo como as pessoas se veem a si mesmas e os outros, e pode tornar quase impossível a igualdade de participação dos cidadãos na vida política e pública.