«Quando uma família não tem o que comer, porque tem de pagar juros a usurários, isso não é cristão, não é humano», afirmou o Papa Francisco declarando que esta chaga social «fere a dignidade inviolável da pessoa humana»

«Quando uma família não tem o que comer, porque tem de pagar juros a usurários, isso não é cristão, não é humano», afirmou o Papa Francisco declarando que esta chaga social «fere a dignidade inviolável da pessoa humana»

Na sua catequese habitual da quarta-feira, neste dia 29 de janeiro, o Papa refletiu sobre o sacramento da Confirmação ou Crisma, que juntamente com o Batismo e a Eucaristia são chamados sacramentos da iniciação cristã. O termo Confirmação, disse o Pontífice, recorda-nos que este Sacramento contribui para um aumento da graça batismal: une-nos de modo mais sólido a Cristo, leva ao cumprimento a nossa união com a Igreja e dá-nos uma força especial do Espírito Santo para difundir e defender a fé, confessar o nome de Cristo e jamais termos vergonha da sua cruz. Este Sacramento, prosseguiu o Papa, infunde nos cristãos o Espírito Santo, cuja ação permeia toda a pessoa e toda a vida, como transparece nos sete dons que a Tradição, à luz da Sagrada Escritura, sempre colocou em evidência: a Sabedoria, a Inteligência, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor de Deus. a tal propósito, o Santo Padre anunciou que é a estes sete dons que vai dedicar as suas próximas catequeses, depois dos Sacramentos. Concluindo a sua catequese, exortou os fiéis a acolherem o Espírito nos seus corações e a deixá-lo agir. através de nós, será Ele a rezar, a perdoar, a infundir a esperança e a consolação, a servir os irmãos, a tornar-se próximo dos necessitados e dos últimos, a criar comunhão, a semear a paz. após a reflexão, ao cumprimentar uma empresa de Castelfiorentino (Itália), Francisco aproveitou para lançar um apelo ao emprego: Deixo votos de que se façam todos os esforços possíveis, por parte das instâncias competentes, para que o trabalho, que é fonte de dignidade, seja uma preocupação central de todos. Que não falte o trabalho, é fonte de dignidade. Dirigindo-se depois às fundações associadas ao Conselho Nacional antiusura da Itália, augurou que essas instituições possam intensificar o seu compromisso ao lado das vítimas da usura, dramática chaga social.