Governo filipino e representantes do maior movimento guerrilheiro islamita no país assinaram um acordo que prevê o desarmamento dos rebeldes e uma maior autonomia das regiões de maioria muçulmana
Governo filipino e representantes do maior movimento guerrilheiro islamita no país assinaram um acordo que prevê o desarmamento dos rebeldes e uma maior autonomia das regiões de maioria muçulmana as negociações de paz entre o governo filipino e os representantes da Frente de Libertação Islâmica, o maior movimento guerrilheiro islamita em atividade no sul das Filipinas, assinaram um acordo para desarmamento dos rebeldes e reforço do financiamento e autonomia nas regiões de maioria muçulmana. O pacto foi subscrito numa cerimónia em Kuala Lumpur, capital da Malásia. Segundo o documento, citado pela agência Misna, os combatentes ficam obrigados a entregar as armas a uma entidade independente, ficando a polícia regional com a incumbência de garantir o cumprimento do acordo e a segurança do território. as forças armadas filipinas, por sua vez, comprometem-se a reduzir a presença militar nas regiões autónomas. a independência da região de Bangsamoro, conhecida pela Pátria dos Mouros, substituirá a fracassada Região autónoma Muçulmana de Mindanao, que havia sido criada em 1990. O acordo foi saudado pela Comunidade de Santo Egídio, uma das entidades que participou nas negociações: Trata-se de um avanço histórico no longo conflito que tem afetado a nação durante mais de 30 anos. a República das Filipinas, o maior país católico da Ásia, mostrou a sua capacidade de aceitar as diferenças, ao envolver a sociedade civil no diálogo inter-religioso com a minoria muçulmana da região de Mindanao para se chegar ao reconhecimento da autonomia.