«Peço ao Senhor que toque o coração de todos para que, buscando unicamente o bem maior do povo sírio, tão provado, não poupem nenhum esforço para alcançar com urgência o fim da violência e do conflito, que já causou muito sofrimento», disse Francisco
«Peço ao Senhor que toque o coração de todos para que, buscando unicamente o bem maior do povo sírio, tão provado, não poupem nenhum esforço para alcançar com urgência o fim da violência e do conflito, que já causou muito sofrimento», disse FranciscoFoi no final da audiência Geral desta quarta-feira, dia 22 de janeiro, que o Papa Francisco fez um forte apelo aos participantes na conferência internacional de apoio à paz na Síria, que começou esta manhã em Montreux, Suíça. O Pontífice dirigiu-se também aos cidadãos sírios, fazendo votos que esse país encontre um caminho de concórdia e de reconstrução com a participação de todos, onde cada um possa encontrar no outro não um inimigo, não um concorrente, mas um irmão para acolher e abraçar. Em Montreux, as delegações de cerca 30 países estão reunidas para tentar deter a espiral de violência na Síria, que em três anos de conflito causou mais de 130 mil mortos e milhões de refugiados. a Santa Sé também está presente com o Observador permanente da ONU em Genebra, arcebispo Silvano Tomasi, e o Oficial da Secretaria de Estado, alberto Ortega Martín. Entrevistado pela Rádio Vaticano, Silvano Tomasi declarou que a situação é extremamente complexa, porque os interesses em jogo envolvem vários níveis de negociações e por isso não é fácil encontrar um fio condutor comum que una esses níveis de conflitualidade até porque há incertezas nas várias alianças e na composição dos delegados presentes. Para o Observador permanente da ONU em Genebra, é urgente neste momento conter o fluxo de refugiados e de deslocados. É penoso ver agora com o inverno, em especial, que nos campos de refugiados há sofrimentos e, até mesmo, mortes em consequência da falta de tratamentos suficientes. a comunidade internacional está respondendo dando recursos ao alto Comissariado para Refugiados e, diretamente, através da Caritas, ou através de outras organizações católicas. Neste contexto, continua Tomasi, a resposta eficaz é alcançar a paz e dar a possibilidade aos que querem regressar a suas casas, esperando que seja a maioria, para começar uma verdadeira reconstrução, também dos bairros que foram destruídos ou bombardeados. Portanto, necessita-se de uma solidariedade internacional concreta. Na sua reflexão, o Papa recordou ainda aos fiéis que está a decorrer uma Semana de oração pela unidade dos cristãos: um tempo dedicado à oração para seguir a vontade de Cristo, que tem por tema a pergunta de São Paulo: Estará Cristo dividido?. Responde o Pontífice: Não, Cristo não está dividido, todavia temos que reconhecer com dor que nas nossas comunidades cristãs há divisões que são um escândalo e que afetam a credibilidade e eficácia do nosso compromisso evangelizador.