Bashar al-assad admite como muito provável a recandidatura à presidência e recusa integrar no seu governo representantes da oposição. O líder sírio assume que a guerra iniciada em 2011 vai ser longa
Bashar al-assad admite como muito provável a recandidatura à presidência e recusa integrar no seu governo representantes da oposição. O líder sírio assume que a guerra iniciada em 2011 vai ser longa Em vésperas da Conferência de Paz Genebra II, agendada para quarta-feira, 22 de janeiro, na Suíça, o Presidente sírio, Bashar al-assad, admitiu numa entrevista à agência aFP recandidatar-se ao cargo de Chefe de Estado, em junho. O governante ressalvou ainda que a guerra contra os elementos da oposição será longa, contrariando as expectativas de uma solução negociada para o fim do conflito, que desde março de 2011 já provocou mais de 130 mil mortos. Considero que nada me impede de apresentar minha candidatura (… ) e, se a opinião pública pedir, não hesitarei um segundo em fazê-lo. Em resumo, podemos dizer que há muitas chances de que apresente minha candidatura, declarou assad na entrevista realizada domingo, em Damasco. No poder desde o ano 2000, como sucessor do pai, que liderou o país durante três décadas, Bashar recusa também incluir representantes da oposição no seu governo, por considerar que estão a soldo dos serviços de inteligência estrangeiros. Para o Presidente sírio, uma derrota do seu regime semearia o caos em toda a região, pelo que, na sua opinião, a conferência Genebra II deve ter como prioridade a luta contra o terrorismo na Síria. Se a Síria perder a batalha, o caos se instalará em todo o Médio Oriente, sublinhou assad, acrescentando que qualquer resultado político que não incluísse a luta contra o terrorismo não teria valor.