Doadores deram apenas seis por cento dos 247 milhões de dólares que a ONU necessita ao longo dos próximos 100 dias para aliviar a «megatragédia» de 900 mil centro-africanos que foram expulsos das suas casas e a quem faltam as coisas mais essenciais Doadores deram apenas seis por cento dos 247 milhões de dólares que a ONU necessita ao longo dos próximos 100 dias para aliviar a «megatragédia» de 900 mil centro-africanos que foram expulsos das suas casas e a quem faltam as coisas mais essenciais alimentos, água, cuidados médicos e abrigo: os bens mais essenciais e básicos faltam a 900 mil pessoas na conflituosa República Centro-africana (RCa), onde apenas seis por cento dos cerca de 182 milhões de euros necessários para acudir nos próximos 100 dias foram recolhidos. Não podemos fazer chegar de qualquer maneira, modo ou forma, para atender às necessidades desta população, sem a mobilização dos recursos de que necessitamos, sublinhou o diretor da Divisão Operacional do gabinete da ONU para a Coordenação de assuntos Humanitários (OCHa), John Ging, perante os jornalistas em Genebra, Suíça, na sequência de uma visita de cinco dias a este país empobrecido, que mergulhou num colapso total das suas infraestruturas com uma guerra que dura há um ano. Entendemos as razões que estão a ser dadas, mas não podemos aceitá-las, disse John Ging, ao observar que os doadores sobrecarregados têm explicado que simplesmente já não têm os meios para atender a todos os apelos humanitários em todo o mundo, que agora totalizam mais 12,9 mil milhões de dólares (9,5 mil milhões de euros). Os 247 milhões do Plano de Resposta Estratégica para a RC a foram pedidos no mês passado. Têm de existir soluções para a escalada global de necessidades humanitárias e que compensem o aumento correspondente no financiamento, sublinhou o responsável do OCHa, apelando aos doadores para colocarem a RC a na lista das prioridades. Este país tem definhado na parte inferior há muito tempo.