O recente ataque ao posto policial de Mavume, no distrito de Funhalouro, enquadra-se numa série de casos preocupantes originados pela violência Política que está a assombrar Moçambique e particularmente nestes últimos dias a província de Inhambane
O recente ataque ao posto policial de Mavume, no distrito de Funhalouro, enquadra-se numa série de casos preocupantes originados pela violência Política que está a assombrar Moçambique e particularmente nestes últimos dias a província de Inhambanealarmados pelos os relatos de movimentos de populações vulneráveis nos distritos de Homoine e a agora no distrito de Funhalouro, o bispo de Inhambane e grupo de missionários reuniram-se no início desta semana, no Guiúa, para refletirem sobre os passos a dar para irem ao encontro destes irmãos que sofrem, com palavras e obras. a primeira iniciativa realizada foi a deslocação de uma delegação a Homoine para ver de perto a situação. a delegação, acompanhada pelo pároco de Homoine, visitou os locais onde as pessoas que fugiram da guerra estão a ser acolhidas. São neste momento aproximadamente 180 famílias, com quatro ou cinco membros cada; oriundos de diferentes lugares, da localidade de Pembe e zonas circunvizinhas. Em geral percebe-se muito medo nas pessoas, e aqueles que tiveram de alguma maneira um contacto direto com os homens armados da Renamo, diziam que eles tinham chegado para boicotear as eleições gerais. No diálogo que tiveram com um grupo destes deslocados, perante a sugestão de regressarem para as suas casas, percebia-se muito medo. E embora praticamente nenhum desles tenha sofrido diretamente de agressão física ou roubo de bens, era pouca a vontade de voltar ao lar. Tendo em conta as afirmações dos homens armados da Renamo, pensam esperar até que passem as eleições gerais de outubro próximo, para considerar o possível regresso a casa. Por isso, o seu pedido urgente é de apoio em chapas, para construírem barracas para se cobrirem da chuva, e sementes (milho, amendoim, hortaliças em geral) para aproveitar a segunda época das chuvas, já que o governo estaria a organizar a distribuição de terrenos para os deslocados. O panorama é bastante complexo porque o número de famílias deslocadas está a a crescer cada dia, e a ajuda não é a necessária. Então, o que fazer? Parece claro que o mais imediato será o apoio em bens alimentares. Para isso, foi lançado um apelo a todas as paróquias da diocese de Inhambane para que juntem alimentos para enviar para Homoíne. a equipa missionária de Homoíne coordenará a sua distribuição e fará o diagnóstico do que é mais necessário. ao mesmo tempo, a Igreja Católica de Inhambane implora a cessação de todas as ações que causem danos ou coloquem as populações em risco.