Há uma escalada de tom na violência entre muçulmanos e cristãos, sustentada por linhas religiosas, indo para além das fronteiras do país e que pode desestabilizar ainda mais toda a região, avisou responsável político das Nações Unidas
Há uma escalada de tom na violência entre muçulmanos e cristãos, sustentada por linhas religiosas, indo para além das fronteiras do país e que pode desestabilizar ainda mais toda a região, avisou responsável político das Nações Unidasassassínios em Bangui [a capital] e no resto do país acontecem todos os dias e a população continua a ser dividida pela sua afiliação religiosa, advertiu o subsecretário-geral para os assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, perante o Conselho de Segurança, num briefing’ sobre República Centro-africana O retrato mais recente desta empobrecida nação aponta para milhares de pessoas que terão sido mortas, cerca de um milhão de centro-africanos expulsos das suas casas e 2,2 milhões (cerca de metade da população) a necessitarem de ajuda humanitária. O acesso aos bairros residenciais de Bangui é controlado, quer por postos de controlo anti- cristãos’ ou anti- muçulmanos’, liderados por civis armados. Da mesma forma, em localidades fora de Bangui, como Bossangoa, Bouar, Bozoum e Paoua, entre outras, as testemunhas dão conta de atrocidades numa base diária, incluindo confrontos diretos entre comunidades cristãs e muçulmanas, na descrição de Jeffrey Feltman. a República Centro-africana mergulhou na violência, quando os rebeldes do movimento Séléka, principalmente de maioria muçulmana, lançaram ataques há um ano forçando em março o Presidente François Bozizé a fugir. Um governo de transição já foi encarregado de restaurar a paz e abrir o caminho a eleições democráticas, mas os confrontos armados entre antigos guerrilheiros e milícias cristãs anti-Balaka’ têm aumentado significativamente nas últimas duas semanas.