Governo instituiu um tribunal especial para julgar os crimes de escravidão, ainda muito em voga no país. as organizações de defesa dos direitos humanos têm-se queixado da falta de interesse das autoridades na resolução do problema
Governo instituiu um tribunal especial para julgar os crimes de escravidão, ainda muito em voga no país. as organizações de defesa dos direitos humanos têm-se queixado da falta de interesse das autoridades na resolução do problema O Presidente da Mauritânia, Mohamed Ould abdel aziz, aproveitou o discurso à nação no início do ano para anunciar a criação de um tribunal especial destinado a julgar os crimes de escravatura, uma praga ainda muito disseminada no país. a Mauritânia foi um dos últimos países do mundo a abolir a lei da escravatura, condenando quem a praticar a penas que podem ir até 10 anos de prisão. as organizações de defesa dos direitos humanos, sempre muito ativas na luta contra a escravidão, manifestaram-se prudentes na reação a este anúncio, pois até agora têm notado a falta de interesse das autoridades para investigar a fundo a propagação da escravatura. apesar da criminalização, as estimativas apontam para 50 mil o número de homens, mulheres e crianças, que continuam em situação de servidão involuntária. E quando quem escraviza é denunciado, consegue quase sempre conseguem a abolição ou a redução de penas, enquanto os ativistas que denunciam os casos acabam condenados, relata a agência Misna.