as equipas das Nações Unidas e das organizações não governamentais não conseguem fazer frente à emergência humanitária que se vive na capital da República Centro-africana
as equipas das Nações Unidas e das organizações não governamentais não conseguem fazer frente à emergência humanitária que se vive na capital da República Centro-africana a situação de emergência humanitária na República Centro-africana tem vindo a agravar-se de tal forma que os serviços da ONU e das organizações não governamentais no terreno já não conseguem dar resposta às necessidades. Pelo menos 100 mil pessoas procuraram refúgio no aeroporto da capital, Bangui, e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) tem identificados mais de 50 locais onde estão perto de 370 mil deslocados, na maioria mulheres e crianças, que tentam escapar aos confrontos entre os rebeldes da coligação Seleka e as milícias anti-Balaka. Devido à precaridade que se vive em Bangui, a organização Médicos sem Fronteiras lançou o alerta para obter ajuda humanitária urgente em alimentos, medicamentos e produtos de primeira necessidade, para os refugiados que se aglomeraram no aeroporto e que vivem em condições sanitárias deploráveis. a população está de tal forma aterrorizada que não quer afastar-se da zona do aeroporto, onde estão os soldados franceses e as tropas panafricanas, referem os responsáveis da ONU. O deteriorar da situação do ponto de vista da segurança e da garantia dos direitos humanos está também a fazer com que milhares de estrangeiros abandonem o país, sobretudo os cidadãos do Chade que há anos residiam em Bangui. Segundo a Organização Internacional de Migrações (OIM), a ponte aérea organizada pelo governo de Jamena já permitiu repatriar 3. 000 chadianos. Muitos abandonam a capital em colunas de automóveis, carrinhas e veículos todo-o-terreno. Também o Sudão e a Etiópia decidiram repatriar os seus compatriotas.