Enquanto a notícia da morte de um tio do jovem ditador norte-coreano é notícia nos quatro cantos do mundo, aqui, a sul da fronteira, um pequeno grupo de crianças que escaparam de lá aprendem a ser felizes. Mesmo não sendo uma tarefa fácil
Enquanto a notícia da morte de um tio do jovem ditador norte-coreano é notícia nos quatro cantos do mundo, aqui, a sul da fronteira, um pequeno grupo de crianças que escaparam de lá aprendem a ser felizes. Mesmo não sendo uma tarefa fácilDoze miuditos correm para o interior de um edifício em Gangnam, a área de Seul tornada famosa pelo cantor Psy, após uma manhã de estudos intensos. Estão contentes e excitados como se fossem para a brincadeira, mas à sua espera estão somente livros e professores. Frequentam o ensino primário e secundário e vão à escola de Kuensaem, onde estudam com tutores voluntários das 15h00 às 19h00. São todos da Coreia do Norte. O programa de acesso gratuito foi criado por voluntários para assistir estas crianças que apresentam sérias dificuldades na adaptação ao currículo sul-coreano. Originalmente pensado como um pequeno grupo de estudo em 2008, este programa veio a desenvolver-se adquirindo a forma de um centro de ocupações de tempos livres cujo currículo é produzido pelos pais, ajudados por voluntários, de modo a preencher lacunas de aprendizagem. aos fins de semana, o número de crianças atinge as duas dezenas, que estudam coreano, inglês e matemática, apoiadas também por vários voluntários estrangeiros. Os miúdos mais novos são os que mais rapidamente e melhor se adaptam ao estilo do ensino sul-coreano. Os criadores deste grupo de voluntários são um casal que, após ter encontrado vários refugiados norte-coreanos e visto as dificuldades que enfrentam na procura de um emprego, decidiu ajudá-los; mais tarde, nasceu a ideia da escola de Kuensaem, precisamente para ajudar as gerações mais novas. Uma das crianças chama-se Ham Guk-sung, tem 12 anos e chegou à Coreia do Sul em 2011 com a mãe. No início, foi-lhe muito difícil adaptar-se ao novo ambiente escolar, mas após ter começado a frequentar a escola de Kuensaem, começou a gostar de estudar. as mudanças do foro psicológico também são notórias: costumava ser melancólico e fechado, mas agora exprime-se de forma mais livre e espontânea. a vontade de ser feliz é a força e motivação que os move.