O secretário-geral da ONU lançou um apelo pessoal aos cidadãos centro-africanos, pela rádio, para que acabem com o derramamento de sangue que está a dividir o seu país, com o aumento da violência intercomunitária entre cristãos e muçulmanos
O secretário-geral da ONU lançou um apelo pessoal aos cidadãos centro-africanos, pela rádio, para que acabem com o derramamento de sangue que está a dividir o seu país, com o aumento da violência intercomunitária entre cristãos e muçulmanos Ban Ki-moon apontou o dedo a quem, na conflituosa República Centro-africana, vier a ser responsabilizado por esta violência. Falando nas ondas hertzianas, o secretário-geral das Nações Unidas disse estar profundamente preocupado com o que está a acontecer no país. Dirijo-me a vocês pessoalmente, afirmou Ki-moon, na sua transmissão radiofónica, depois de agências das Nações Unidas terem informado que a situação humanitária nesta empobrecida nação de 4,6 milhões de pessoas está a deteriorar-se, depois de 600 pessoas terem morrido só na última semana e 159 mil outras pessoas terem sido expulsas das suas casas na capital, Bangui. Muitas pessoas estão com medo e o país está à beira da ruína. Faço um apelo a todos para trilharem o caminho da paz. O derramamento de sangue deve parar. Não permitam que as vozes do ódio semeiem a divisão que não existia antes. Seja qual for a vossa fé, vocês partilham a mesma história e o mesmo futuro. apelo aos líderes religiosos e comunitários, muçulmanos e cristãos, para atuar como mensageiros de paz.