Os confrontos na capital da República Centro-africana levaram perto de 2. 000 pessoas a fugir de casa e a procurar asilo na missão dos carmelitas. Missionários estão sem capacidade para assegurar as refeições a todos os deslocados
Os confrontos na capital da República Centro-africana levaram perto de 2. 000 pessoas a fugir de casa e a procurar asilo na missão dos carmelitas. Missionários estão sem capacidade para assegurar as refeições a todos os deslocados Estamos a tentar dar de comer a toda esta gente, mas será difícil porque não podemos sair para comprar nada. Já esvaziamos a horta e o galinheiro. Não prevíamos alimentar 2 mil pessoas, lamentou o padre Federico Trinchero, num grito de alerta para a situação dos deslocados que procuraram refúgio na missão dos carmelitas, em Bangui, depois dos violentos confrontos da semana passada, entre os rebeldes do Seleka e as milícias anti-Balaka. Mais de 300 pessoas morreram. Não temos nada para dar a estas pessoas, diz, por sua vez, o padre anicet assingambi, da paróquia São Carlos de Lwanga, em Bangui. as suas casas foram saqueadas, eles choram os mortos. as crianças choravam quando chegaram à igreja. Cantamos hinos e orações para tentar acalmá-los. Nunca vimos nada tão cruel, adianta o sacerdote, citado pela agência Fides. Em Bossangoa, no norte do país, a Cáritas teme também pela segurança de cerca de 40 mil pessoas acampadas nas redondezas da missão católica e de outras 1. 600 refugiadas numa escola. Na sexta-feira passada, 6 de dezembro, uma rajada atingiu a missão, mas não provocou vítimas. a Igreja centro-africana lançou um apelo para o cessar-fogo imediato e para que seja permitida a passagem de ajudas humanitárias e socorros imediatos. Esta segunda-feira, 9 de dezembro, os soldados franceses mandatados pelas Nações Unidas para apoiar a força africana mobilizada para restabelecer a ordem no país, começaram a desarmar as milícias em Bangui, numa operação que tem decorrido sem incidentes, informou o Estado-Maior das Forças armadas da França. Os franceses têm cerca de 1. 600 soldados na República Centro-africana.