Partindo da experiência dos três videntes na aparição de 13 de julho de 1917, o padre jesuíta José Frazão enalteceu a importância do amor na humanidade, sobretudo pelo facto dele esconder em si mesmo Deus como o seu segredo
Partindo da experiência dos três videntes na aparição de 13 de julho de 1917, o padre jesuíta José Frazão enalteceu a importância do amor na humanidade, sobretudo pelo facto dele esconder em si mesmo Deus como o seu segredo É na fecundidade do amor real, aquele que se vive quotidianamente como recebido e como dado, que o homem e a mulher se reconhecem e se reencontram em verdade, também com a natureza que habitam, afirmou este sábado, 30 de novembro, em Fátima, o padre José Frazão, na apresentação do tema pastoral do Santuário de Fátima para 2013-2014. Para o sacerdote jesuíta, só vivendo este tipo de amor os cristãos podem desenhar e realizar um estilo de vida capaz de viver do reconhecimento do dom de Deus e da geração da vida na vida dos outros, precisamente daquela vida que bebe do mistério originário do amor e a ele suspira como seu destino. Convidado a dissertar sobre o novo tema pastoral – Envolvidos no amor de Deus pelo mundo -, José Frazão partiu da experiência dos videntes na aparição de julho de 1917 para destacar a importância da mensagem de Fátima, que nos dá a conhecer o amor que Deus tem pelo mundo. É também por isso que vejo Fátima como um dedo apontado ao Evangelho, sublinhou o sacerdote. Para antónio Marto, bispo de Leiria-Fátima, o tema escolhido é a expressão sintética das aparições e uma interpelação a todo o cristão que quer testemunho do amor, particularmente nesta época de crise. Recordando as palavras recentes do Papa Francisco, em relação à tirania económica, o prelado disse esperar que este testemunho possa traduzir-se numa transformação do mundo, porque o mundo de hoje precisa muito de misericórdia, ternura e afeto. No âmbito desta jornada, foi inaugurada uma exposição no Convivium de Santo agostinho, no complexo da Basília da Santíssima Trindade, evocativa da aparição de julho de 1917. ali estará patente, até 31 de outubro de 2014, o manuscrito original da irmã Lúcia, a descrever a terceira parte do segredo de Fátima. O documento foi libertado pelo Santo Padre e está exposto ao público pela primeira vez.