O governo da Malásia foi exortado a reverter a sua decisão de proibir uma publicação católica de usar a palavra «alá» para se referir a Deus. ONU alerta para o caso porque pode ter implicações de longo alcance para as minorias religiosas no país
O governo da Malásia foi exortado a reverter a sua decisão de proibir uma publicação católica de usar a palavra «alá» para se referir a Deus. ONU alerta para o caso porque pode ter implicações de longo alcance para as minorias religiosas no país Vários especialistas independentes das Nações Unidas em direitos humanos exortaram a Malásia a respeitar o princípio de que a liberdade de religião ou crença é um direito do ser humano, não um direito do Estado. O relator especial sobre a liberdade de religião ou crença, Heiner Bielefeldt, disse que não pode ser o objetivo do Estado moldar ou reformular tradições religiosas, nem pode o Estado reivindicar qualquer autoridade obrigatória na interpretação de fontes religiosas ou na definição dos princípios da fé. No bahasa da Malásia ou malay padrão, a tradução para o Deus único é alá, que entrou no idioma árabe e tem sido usado pelos cristãos na região por muitos séculos, de acordo com o comunicado de imprensa de Heiner Bielefeldt. Em janeiro de 2009, o Ministério da administração Interna ordenou que o jornal Herald – The Catholic Weekly deixasse de utilizar a palavra alá ou podia perder a sua licença de publicação. O jornal argumentou que a proibição era inconstitucional e ganhou um recurso no Supremo Tribunal da Malásia.