No campo de concentração nazi, na Polónia, onde milhões de judeus e de outras minorias morreram na Segunda Guerra Mundial, o secretário-geral da ONU pediu que estas vítimas sejam honradas garantindo dignidade e liberdades fundamentais para todos
No campo de concentração nazi, na Polónia, onde milhões de judeus e de outras minorias morreram na Segunda Guerra Mundial, o secretário-geral da ONU pediu que estas vítimas sejam honradas garantindo dignidade e liberdades fundamentais para todos auschwitz-Birkenau não é simplesmente um registo de atrocidades, notou Ban Ki-moon, numa visita efetuada ao campo de concentração nazi, situado na Polónia, símbolo máximo do Holocausto promovido pelo regime nazi alemão. Neste silêncio de assombro, vemos os vestígios de vida humana, ouvimos o grito da história e da humanidade. E, por tudo isto, torna-se cada vez mais claro que toda a vida é preciosa. Cada pessoa importa, sublinhou o secretário-geral das Nações Unidas. Para o nosso futuro comum, vamos abraçar este nosso dever, como membros da família humana, de construir um mundo de paz, justiça, igualdade e dignidade humana para todos, acrescentou. Estas palavras transportam a memória para outras ali ditas em abril de 2010, pelo então Papa. Nessa ocasião, Bento XVI deixou a ecoar várias questões. Num lugar como este, as palavras falham. No fim, só pode haver um terrível silêncio, um silêncio que é um sentido grito dirigido a Deus: Porquê, Senhor, permaneceste em silêncio? Como pudeste tolerar isto?’ Onde estava Deus nesses dias? Porque esteve ele silencioso? Como pôde ele permitir esta matança sem fim, este triunfo do demónio?