Negociações de paz entre os rebeldes do M23 e o governo congolês estão por concluir. Diplomatas que acompanham diálogo já lamentaram, mas notaram que qualquer solução para o conflito deve assegurar a responsabilização de quem cometeu crimes graves
Negociações de paz entre os rebeldes do M23 e o governo congolês estão por concluir. Diplomatas que acompanham diálogo já lamentaram, mas notaram que qualquer solução para o conflito deve assegurar a responsabilização de quem cometeu crimes graves Os embaixadores das Nações Unidas e os seus homólogos diplomáticos manifestaram esta segunda-feira, 11 de novembro, pesar por as negociações de paz entre o grupo rebelde Movimento 23 de março (M23) e o governo da República Democrática do Congo (RDC) não terem sido concluídas, ao mesmo tempo que sublinharam que qualquer solução para o conflito deve assegurar a responsabilização para aqueles que cometeram crimes graves. as negociações na capital do Uganda, Kampala, visavam alcançar um acordo final e de princípios que garantisse o desarmamento e a desmobilização do M23 e a responsabilização por abusos dos direitos humanos. Os enviados [internacionais] notaram que as partes manifestaram que não há diferenças sobre pontos substantivos no projeto de documento. No entanto, ainda não foi alcançado um acordo sobre o formato. apesar de uma mudança na situação militar, é importante que haja uma conclusão política para o diálogo, sublinhou o comunicado emitido. Esta declaração conjunta foi assinada pela enviada especial do secretário-geral da ONU para a região dos Grandes Lagos, Mary Robinson, o seu representante especial para a RDC, Martin Kobler, o enviado especial americano para a região dos Grandes Lagos e a RDC, Russ Feingold, o representante especial da União africana, Boubacar Diarra, e o coordenador sénior da União Europeia para esta região de África, Koen Vervaeke. O texto agora conhecido vem no seguimento de um outro, de há quase uma semana, em que estes diplomatas saudavam o anúncio do M23 de que ia terminar com a sua insurgência sangrenta contra o Governo da RDC, como noticiou então Fátima Missionária.