Prelados pedem aos cidadãos que não se deixem arrastar pelo clima de intolerância e violência que está a crescer no país. E exortam as partes em confronto para trocarem as agressões pelo diálogo
Prelados pedem aos cidadãos que não se deixem arrastar pelo clima de intolerância e violência que está a crescer no país. E exortam as partes em confronto para trocarem as agressões pelo diálogoOs bispos católicos de Moçambique reunidos esta semana em assembleia Plenária, na Matola, emitiram um comunicado à Imprensa onde definem este tempo de regresso à guerra como um momento de dor, angústia e desespero do povo moçambicano e unem a sua voz à voz do povo, clamando pela paz e respeito pela vida. Os bispos trouxeram à memória a sua nota pastoral de agosto 2012, onde denunciavam o clima de intolerância e a falta de inclusão de todos os cidadãos como uma ameaça à paz conquistada há 21 anos. Indo mais longe, referem que em Moçambique hoje, a paz está ser espezinhada e que os acontecimentos das últimas semanas revelam uma opção de resolução das divergências pelas armas. Dizem que está a ser derramado sangue inocente, seja de civis, seja de homens em armas, todos filhos desta nossa Pátria. afirmam que o povo quer a paz e por isso ninguém pode invocar o povo ou encontrar nele legitimidade para defender pelas armas interesses de grupos ou pessoas. Exigem ainda que pare imediatamente toda forma de hostilidade, confrontos armados e que se reabra o caminho do diálogo, fazendo recurso a tudo e a todos quantos o possam favorecer. Entre vários apelos, dirigem-se a todos os cidadãos para que não se deixem arrastar pelo clima de intolerância e violência que está a crescer no país; aos que têm autoridade e tomam as decisões de ambas partes envolvidas nos confrontos para que mandem parar todo ato de violência e agressão e finalmente, ao Presidente da República e Chefe das Forças armadas que faça tudo quanto está ao seu alcance para parar com os confrontos armados e crie condições reais para um diálogo corajoso e concludente. Os bispos Católicos manifestaram também a sua disponibilidade para tudo o que lhes for pedido em ordem a por fim à escalada de violência que assola o país. Este sábado, 8 de novembro, na Catedral de Maputo, pelas 18h00, haverá uma vigília de oração e penitência pela paz.