O casamento sempre foi considerado obrigatório e quem não estivesse casado até aos 30 anos e com filhos, era considerado «anormal», sofrendo inclusive discriminação por parte de familiares e amigos
O casamento sempre foi considerado obrigatório e quem não estivesse casado até aos 30 anos e com filhos, era considerado «anormal», sofrendo inclusive discriminação por parte de familiares e amigos a composição demográfica da capital sul-coreana, com 12 milhões de habitantes, está a mudar a um ritmo acelerado. De acordo com as mais recentes estatísticas, elaboradas pela Câmara Municipal de Seul, registaram-se mudanças significativas no que respeita à composição dos lares, bem como ao aumento assinalável do número de crianças a viver com um dos progenitores. O inquérito, feito em cooperação com a Fundação Mulheres e Família, avaliou cerca de 3,6 milhões de lares desde julho passado como parte de um programa para melhorar as políticas relativas à família. as estatísticas revelam que o número de lares domésticos compostos por um casal sem filhos quadruplicou ao longo de três décadas, atingindo atualmente cerca de 420 mil. O número dos que vivem sozinhos também sofreu um considerável aumento: 800 mil, ou seja, dez vezes mais do que há 30 anos. O número de crianças a viverem com o pai ou com a mãe também subiu cerca de dois por cento, o que equivale a 350 mil casos. Estes dados demonstram uma mudança radical e acentuada na perceção que as pessoas têm do casamento e divórcio, sobretudo por parte das mulheres. Cerca de 40 por cento das mulheres e 27,7 por cento dos homens consideram o casamento como sendo uma escolha, não uma obrigação. De facto, o casamento sempre foi considerado obrigatório e quem não estivesse casado até aos 30 anos e com filhos, era considerado anormal, sofrendo inclusive discriminação por parte de familiares e amigos. Um dos fatores que mais influência tem nesta mudança está relacionado com o facto de hoje em dia mais mulheres estarem empregadas: a percentagem de 52,4 revela um aumento de 2,2 por cento em relação a 2010. Porém, isto não significa que o trabalho doméstico tenha diminuído: em média, as mulheres passam 193 minutos por dia em atividades de lida doméstica e no cuidado dos filhos, enquanto os homens dedicam somente 29 minutos. Em crescendo tem estado também o número de divórcios: em 20 anos, o número aumentou de 12. 937 para 20. 177 casos. Têm havido ainda mais crises familiares que incluem violência doméstica e os casos de adolescentes que fogem de casa, bem como as situações de doenças do foro psicológico. No caso dos adolescentes que fogem de casa, a média da idade é de 13 anos. O município de Seul tem planeado delinear novas políticas ligadas à família até ao final de dezembro.