Sauditas querem estancar a entrada de estrangeiros no mercado de trabalho e travar a saída de divisas do país. as remessas dos imigrantes para o exterior atingem todos os anos uma verba superior a cinco mil milhões de euros
Sauditas querem estancar a entrada de estrangeiros no mercado de trabalho e travar a saída de divisas do país. as remessas dos imigrantes para o exterior atingem todos os anos uma verba superior a cinco mil milhões de euros Um dia depois do final do prazo dado pelas autoridades para a regularização de todos os trabalhadores ilegais na arábia Saudita, a polícia lançou uma operação em larga escala e deteve milhares de imigrantes em situação irregular. Só em Riad foram detidas mais de 800 pessoas. E em Jezzane, perto de 8. 000 cidadãos estrangeiros foram intercetados na fronteira com o Iémen, tendo ficado também sob detenção por falta de documentos. após a publicação da Lei Nitagat, o rei abdallah Ben abdel aziz concedeu uma amnistia de três meses, que permitiu a quatro milhões de pessoas regularizarem a sua situação no país. agora, os estrangeiros sem autorização de residência e os seus empregadores estão sujeitos a pesadas multas, repatriamentos voluntários ou forçados e a figurarem numa lista negra elaborada pelas autoridades sauditas. a nova lei visa diminuir a presença de trabalhadores imigrantes – provenientes sobretudo de outros países árabes e do sudoeste asiático – e favorecer o emprego dos locais. ao mesmo tempo, procura conter a saída de dinheiro relacionada com as remessas enviadas para o exterior pelos estrangeiros, que somam todos os anos mais de cinco mil milhões de euros. a medida impõe também quotas mínimas às empresas, que devem empregar pelo menos um saudita por cada 10 trabalhadores imigrantes.