Os rebeldes do Movimento 23 de março anunciaram o fim da sua insurgência contra o governo da República Democrática do Congo, depois de durante quase dois anos terem exacerbado convulsões humanitárias no leste do país

Os rebeldes do Movimento 23 de março anunciaram o fim da sua insurgência contra o governo da República Democrática do Congo, depois de durante quase dois anos terem exacerbado convulsões humanitárias no leste do país
É um anúncio que, a concretizar-se, pode marcar o fim de dois anos de conflitos nas regiões do leste da República Democrática do Congo (RDC): o grupo rebelde Movimento 23 de março (M23) diz que vai pôr um ponto final na sua insurgência, o que mereceu a saudação da enviada especial das Nações Unidas para a região africana dos Grandes Lagos, que assim se juntou a outros responsáveis diplomáticos. Estes diplomatas saudaram ainda o compromisso do Governo congolês em terminar com os combates e a completar as etapas acordadas no chamado Diálogo de Kampala. Os enviados elogiaram o presidente do Uganda, Yoweri Museveni, e o seu ministro da Defesa, Crispus Kiyonga, pela liderança paciente e determinado para facilitar o diálogo. Os enviados [diplomatas] instam as duas partes a concluir o processo político através da assinatura de um acordo de princípio, que garanta o oportuno desarmamento e a desmobilização do M23, bem como a responsabilização dos autores de crimes de guerra e crimes contra a humanidade, lê-se num comunicado de Mary Robinson, a enviada especial do secretário-geral da ONU, e Martin Kobler, representante especial e responsável da missão de paz da ONU na RDC. Estes enviados também saudaram o restabelecimento da autoridade do Estado pelo Governo congolês em áreas anteriormente controladas pelo M23. Congratulando-se com o anúncio, no comunicado divulgado a partir de Kinshasa, a capital congolesa, Mary Robinson e Martin Kobler juntaram-se nesta saudação a outros diplomatas, incluindo Boubacar Diarra, representante especial da União Europeia para os Grandes Lagos, Russell Feingold, enviado especial dos Estados Unidos para a região e para a RDC, e Koen Vervaeke, coordenador sénior da União Europeia para a região.