Congresso sobre tráfico de seres humanos reuniu mais de 50 propostas para a Igreja Católica repensar e articular novas formas de combate ao flagelo. Uma das moções defende que a prostituição seja considerada uma forma de escravidão
Congresso sobre tráfico de seres humanos reuniu mais de 50 propostas para a Igreja Católica repensar e articular novas formas de combate ao flagelo. Uma das moções defende que a prostituição seja considerada uma forma de escravidãoOs participantes na conferência internacional que se realizou no fim de semana no Vaticano, em Roma, Itália, por iniciativa do Papa Francisco, pediram mais apoio da Igreja Católica na luta contra o tráfico humano. Nas conclusões do encontro, apresentadas esta segunda-feira, 4 de novembro, é defendida a tolerância zero em relação a este tipo de crime. a criminalidade que conseguiu impor-se é um efeito da globalização da indiferença de que fala o Papa Francisco, afirmou o chanceler das academias Pontifícias das Ciências e das Ciências Sociais, Marcelo Sánchez Sorondo, manifestando a esperança de que as conclusões obtidas na conferência permitam ao Papa promover uma mudança radical. Segundo o chanceler, os participantes deixaram mais de 50 propostas para enfrentar uma situação dramática, em particular no que diz respeito à prostituição. alguns observadores acreditam que o tráfico humano irá ultrapassar o tráfico de drogas e armas em 10 anos, tornando-se a atividade criminosa mais lucrativa no mundo, sublinhou Marcelo Sorondo. O médico José Maria Simón Castelvì, da Federação Mundial das associações de Médicos Católicos, citou a Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, onde ficaram evidentes os estragos que o uso do crack provoca entre os jovens, para exemplificar como a droga arrasta a violência e o crime organizado e, por consequência, o tráfico de pessoas e de órgãos, refere o News. va, órgão oficial do Vaticano.