« a nossa fé precisa do apoio dos outros, especialmente nos momentos difíceis. E se estivermos unidos, a fé é mais forte», disse o Papa afirmando a verdade da «comunhão dos santos»
« a nossa fé precisa do apoio dos outros, especialmente nos momentos difíceis. E se estivermos unidos, a fé é mais forte», disse o Papa afirmando a verdade da «comunhão dos santos» a poucos dias da festa litúrgica de Todos os Santos e da comemoração dos fiéis defuntos, o Papa Francisco dedicou a catequese da audiência geral desta quarta-feira, dia 30, a comentar o artigo do Credo em que os cristãos professam a fé na comunhão dos santos. Trata-se – disse o Papa – de uma das verdades mais consoladoras da nossa fé, porque nos recorda que não estamos sozinhos, mas existe uma comunhão de vida entre todos aqueles que pertencem a Cristo. Uma comunhão que nasce da fé. Efetivamente o termo santos’ refere-se àqueles que creem em Jesus e são incorporados nele, na Igreja, mediante o batismo. É por isso que os primeiros cristãos eram chamados santos’. Quer isto dizer que a Igreja, na sua verdade mais profunda, é comunhão com Deus, comunhão de amor com Cristo e com o Pai no Espírito Santo, que se prolonga numa comunhão fraterna. Lançados na fornalha ardente do amor da Trindade Santíssima, continua o Pontífice, podemos tornar-nos verdadeiramente um só coração e uma só alma entre nós, porque o amor de Deus queima os nossos egoísmos, os nossos preconceitos, as nossas divisões internas e externas. O amor de Deus queima até os nossos pecados. O Papa Francisco sublinhou ainda que a experiência da comunhão fraterna conduz à comunhão com Deus. Estar unidos entre nós leva-nos a estar unidos com Deus. Por isso pode-se dizer que a nossa fé precisa do apoio dos outros, especialmente nos momentos difíceis. E se estivermos unidos, a fé é mais forte. No fim da sua reflexão, referindo-se à próxima solenidade litúrgica de Todos os Santos e à comemoração dos fiéis defuntos, o Papa lembrou que a comunhão dos santos é uma união espiritual que nasce do batismo, não se rompe com a morte, mas graças a Cristo ressuscitado é destinada a encontrar a sua plenitude na vida eterna. Há uma ligação profunda e indissolúvel entre quantos são ainda peregrinos neste mundo, entre nós, e aqueles que já passaram a porta da morte par entrar na eternidade. Saudando os peregrinos de Portugal, de Timor Leste e do Brasil, o Papa concluiu: Daqui a alguns dias, celebraremos a solenidade de Todos os Santos e a comemoração dos fiéis Defuntos. Possa a fé na comunhão dos santos animar-vos a encomendar a Deus, sobretudo na Eucaristia, os vossos familiares, amigos e conhecidos falecidos, sentindo a proximidade deles na grande companhia espiritual da Igreja. Que Deus vos abençoe!