Uma operação de fiscalização das autoridades brasileiras permitiu a libertação de 21 trabalhadores que eram ameaçados e agredidos numa fábrica de bebidas alcoólicas. Uma pessoa foi detida
Uma operação de fiscalização das autoridades brasileiras permitiu a libertação de 21 trabalhadores que eram ameaçados e agredidos numa fábrica de bebidas alcoólicas. Uma pessoa foi detida Estavam a trabalhar há um mês sem receber salário, mas nem sequer o reivindicavam com receio de serem agredidos. Os 21 pedreiros e serventes retidos como escravos na obra de construção de uma fábrica de bebidas em Uberlândia, um município do estado brasileiro de Minas Gerais, foram libertados esta semana, numa ação de fiscalização conjunta do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), procuradores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e agentes da Polícia Militar. De acordo com os testemunhos das vítimas, difundidos pelo portal Repórter Brasil, os dois encarregados da obra estavam armados com um revólver e uma faca, que usavam para os ameaçar constantemente. Por vezes, agrediam-nos com socos. além de não receberem salário, os trabalhadores queixaram-se também que as suas carteiras de trabalho tinham ficado retidas na empresa que os contratou. Os inspetores que participaram no resgate constataram ainda que o alojamento dos operários estava em condições degradantes, com falta de higiene, limpeza e água potável. além disso, a casa estava superlotada e algumas das vítimas tinham de dormir na cozinha, por falta de espaço, após jornadas de trabalho que se prolongavam por mais de 13 horas diárias.