Os cortes na ajuda ao Desenvolvimento por parte da União Europeia estão a comprometer a luta contra a pobreza mundial, indica um relatório da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais
Os cortes na ajuda ao Desenvolvimento por parte da União Europeia estão a comprometer a luta contra a pobreza mundial, indica um relatório da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais a ajuda dos países da União Europeia (UE) para combater a pobreza mundial decresceu quatro por cento no último ano, indica o relatório da Confederação Europeia de Organizações Não Governamentais de ajuda Humanitária e Desenvolvimento. Em 2012, os Estados da UE disponibilizaram 50,6 mil milhões de euros, o que corresponde a apenas 0,39 por cento do rendimento nacional bruto (RNB).

a ajuda externa da UE regrediu assim para os níveis mais baixos desde 2007, com as projeções aid Watch a preverem que o total da ajuda permaneça estagnado em cerca de 0,43 por cento do RNB da UE durante os anos de 2013 e 2014, refere um comunicado da Plataforma Portuguesa das Organizações Não Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD). Os cortes na ajuda Pública ao Desenvolvimento por parte da União Europeia colocam em causa a luta contra a pobreza mundial, sublinham. Portugal, com um plano de resgaste financeiro, é um dos estados-membros da UE que diminuiu a ajuda acentuadamente, registando 13,1 por cento.

Não é apenas importante honrar os compromissos assumidos quanto à quantidade de fundos afetos à cooperação. É também, e sobretudo, importante aplicar de forma transparente e eficaz os fundos disponibilizados para o cumprimento dos objetivos de erradicação da pobreza, sublinha o Pedro Krupenski, presidente da Direção da Plataforma Portuguesa das ONGD. Letónia (17 por cento), Luxemburgo (14 por cento), Polónia (14 por cento), Áustria (8 por cento), Lituânia (8 por cento) e Reino Unido (7 por cento) são alguns dos países europeus onde a ajuda tem vindo a aumentar substancialmente.