O gabinete das Nações Unidas para os direitos humanos pediu ao Governo iraquiano para que suspenda imediatamente todas as condenações à morte depois de ter recebido relatos de que as autoridades executaram 42 pessoas à morte em dois dias
O gabinete das Nações Unidas para os direitos humanos pediu ao Governo iraquiano para que suspenda imediatamente todas as condenações à morte depois de ter recebido relatos de que as autoridades executaram 42 pessoas à morte em dois dias Execuções em larga escala como as que têm sido realizadas em várias ocasiões ao longo dos últimos dois anos no Iraque não são apenas obscenas e desumanas, como provavelmente se tratam de uma violação do direito internacional, sublinhou o porta-voz do gabinete do alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (OHCHR) , Rupert Colville. Segundo o porta-voz, as ações do Governo estão a minar os esforços para construir uma sociedade mais estável, um Iraque menos violento, observando que as execuções recentes foram particularmente perversas, ao coincidirem com o Dia Mundial contra a Pena de Morte, assinalado na quinta-feira. O Governo de Bagdad afirma que só executa os indivíduos que cometeram atos de terrorismo ou outros crimes graves contra os civis e que foram condenados ao abrigo da Lei anti-Terrorismo n. º 13 de 2005.