Falta de água na província do Cunene, no sul de angola, está a obrigar as famílias a abandonarem as suas casas em busca de locais mais férteis. Governador pede a criação de escolas móveis e a UNICEF já lançou um alerta internacional
Falta de água na província do Cunene, no sul de angola, está a obrigar as famílias a abandonarem as suas casas em busca de locais mais férteis. Governador pede a criação de escolas móveis e a UNICEF já lançou um alerta internacional a seca que se verifica há mais de um ano na província do Cunene, no sul de angola, deixou mais de 500 mil pessoas em situação difícil. O gado está a morrer e as autoridades locais reclamam seis mil toneladas mensais de bens alimentares de primeira necessidade para responder às carências da população. Muitas famílias estão a deixar as suas casas e a dirigir-se para os municípios vizinhos, à procura de uma zona onde exista água. Estamos a pedir a Deus que chova nos próximos meses de novembro e dezembro para que pelo menos a situação da falta de água seja aliviada, afirmou à agência Lusa o governador provincial, antónio Didalelwa, salientando que morrem em média 30 cabeças de gado por dia, o que torna ainda mais grave a situação dos moradores. É uma situação que nos preocupa bastante, porque as famílias estão a deixar as suas casas, disse o governador.com as deslocações forçadas, muitas crianças abandonaram a escola e Didalelwa enviou um pedido ao Ministério da Educação para que sejam criadas escolas móveis que permitam aos menores prosseguir com os estudos. Em maio deste ano, o Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, criou uma comissão multissetorial, coordenada pelo Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Territorial, que está a trabalhar no sentido de resolver o problema. O governador da província do Cunene informou também que está já em execução o projeto de furos de água, que estão a ser feitos em todos os municípios, com orçamentos da província e do Ministério da Energia e Águas, bem como com recursos próprios das municipalidades. a situação de emergência que se vive na província, levou a agência das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) a lançar um apelo para ajuda no combate aos efeitos da estiagem.