Ser um dos «tigres asiáticos» significa não só que a Coreia se tornou numa das maiores potências económicas mundiais, mas também um destino atrativo para quem procura uma vida melhor, seja através do trabalho, seja através do matrimónio
Ser um dos «tigres asiáticos» significa não só que a Coreia se tornou numa das maiores potências económicas mundiais, mas também um destino atrativo para quem procura uma vida melhor, seja através do trabalho, seja através do matrimónioaos poucos, a sociedade coreana torna-se mais diversificada etnicamente. O número de estrangeiros a residir na Coreia, sobretudo do sudoeste asiático, excedeu recentemente o milhão e meio de pessoas. Isto significa que em dez anos o número de estrangeiros na Coreia duplicou. Porém, para uma sociedade pouco habituada a misturas, este aumento representa um desafio bastante grande, principalmente no que se refere às políticas de multiculturalismo e imigração. Isto porque a discriminação e abusos contra imigrantes são ainda frequentes. No topo da lista estão os chineses, incluindo coreanos que nasceram na China, com cerca de 49 por cento; seguem-se os norte-americanos com 9,3 por cento e os vietnamitas com 8,1 por cento respetivamente. Por idades, os imigrantes na casa dos vinte anos constituem o maior grupo, seguidos pelos de 30 e 40 anos. O número de imigrantes ilegais continua em declínio desde 2010, sendo cerca de 180 mil. Os casamentos inter-raciais têm aumentado gradualmente – especialmente os de mulheres estrangeiras com homens coreanos. as autoridades sul-coreanas têm incrementado esforços no sentido de criar e aplicar leis que favoreçam a educação, o combate à discriminação e a participação dos estrangeiros na esfera social e económica do país. as medidas mais recentes incluem programas de formação especial para famílias de trabalhadores estrangeiros e estudantes. Os trabalhadores foram desde sempre excluídos dos programas de ajuda social. a formação linguística e cultural das esposas estrangeiras e dos seus filhos também tem sido uma prioridade, pois a maior parte delas chega aqui sem saber a língua, sem conhecer a cultura e, como tal, são obrigadas a uma vida extremamente difícil.