apesar dos progressos alcançados nos últimos anos, 842 milhões de pessoas continuam a sofrer de fome crónica. as Nações Unidas pedem esforços adicionais para se atingir o primeiro objetivo do desenvolvimento do Milénio, que visa erradicar a pobreza
apesar dos progressos alcançados nos últimos anos, 842 milhões de pessoas continuam a sofrer de fome crónica. as Nações Unidas pedem esforços adicionais para se atingir o primeiro objetivo do desenvolvimento do Milénio, que visa erradicar a pobrezaUma em cada oito pessoas no mundo vive sem alimentos suficientes para manter uma vida saudável e ativa. Segundo um relatório divulgado esta terça-feira, 1 de outubro, pela Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura (FaO), calcula-se que entre 2011 e 2013, existam 842 milhões de pessoas a sofrer de fome crónica em todo o planeta. Os dados indicam que se verificou um decréscimo de 26 milhões de subnutridos em relação ao período anterior (2010-2012), mas os responsáveis da ONU consideram ser necessário um esforço adicional e imediato para que se consiga alcançar o primeiro objetivo do desenvolvimento do Milénio, que visa erradicar a pobreza extrema e a fome. Recorde-se que o mundo se comprometeu a reduzir para metade, entre 1990 e 2015, a proporção de pessoas que sofre de falta de alimentação. a dois anos do prazo, 38 países alcançaram a meta. Estes sucessos mostram que, com compromisso político, instituições eficazes, boas políticas, uma abordagem abrangente e níveis adequados de investimento, podemos vencer a luta contra a fome, afirmam os responsáveis pela elaboração do documento, intitulado O estado da insegurança alimentar no mundo. O número total de pessoas com fome crónica caiu 17 por cento desde 1990-92. Se a taxa anual de declínio se mantiver até 2015, a prevalência da subnutrição poderá ficar perto daqueles objetivos, definidos pela ONU em 2000, mas alcançá-los requererá esforços adicionais consideráveis e imediatos, adiantam os autores do relatório. apesar dos progressos, o documento alerta para as diferenças marcadas na redução da fome. a África Subsaariana fez progressos modestos e continua a região com a mais alta prevalência de subnutrição, com uma em quatro pessoas (24,8 por cento) a passar fome. a Ásia ocidental não registou progressos, enquanto o sul da Ásia e o norte de África revelam progressos lentos. O leste e o sudeste asiático e a américa Latina foram as regiões com maiores progressos.