Santo Padre quer uma Igreja única, que não ceda à tentação de se «privatizar» em nome dos interesses de um grupo ou de uma nação. O importante, defende, é que as comunidades católicas formem uma unidade de fé, esperança e caridade
Santo Padre quer uma Igreja única, que não ceda à tentação de se «privatizar» em nome dos interesses de um grupo ou de uma nação. O importante, defende, é que as comunidades católicas formem uma unidade de fé, esperança e caridade Onde quer que estejamos, mesmo na menor paróquia no ângulo mais remoto desta terra, há uma única Igreja; nós estamos em casa, somos uma família, estamos entre irmãos e irmãs. E este é um grande dom de Deus! a Igreja é uma só para todos. Não há uma Igreja para os europeus, uma para os africanos, uma para os americanos, uma para os asiáticos, uma para quem vive na Oceania, mas é a mesma em todos os lugares, afirmou esta quarta-feira, 25 de setembro, em Roma, o Papa Francisco. Perante mais de 80 mil fiéis, que lotaram a Praça de São Pedro para assistir à audiência geral, o Sumo Pontífice aconselhou os cristãos a interrogarem-se se vivem e sentem de facto esta unidade, ou por vezes se deixam tentar, e privatizam a Igreja para o seu grupo, para a sua nação, para os seus amigos. Quando ouço falar de cristãos que sofrem no mundo, fico indiferente ou sinto-o como se sofresse um da minha família? É importante olhar para fora do próprio recinto, sentir-se Igreja, única família de Deus!, acrescentou. Francisco alertou ainda para as incompreensões, conflitos, tensões e divisões que ferem a Igreja: Somos nós a criar dilacerações! E se olharmos para as divisões que ainda existem entre cristãos, católicos, ortodoxos, protestantes… . sentimos a fadiga de tornar plenamente visível esta unidade. O nosso mundo necessita de unidade, de reconciliação, de comunhão e a Igreja é casa de comunhão. antes de fazer intrigas, um cristão deve morder a própria língua.