Presidente do governo de transição admite que o país precisa de ajuda urgentemente para fazer frente aos problemas de segurança e ajuda humanitária. Grupos armados continuam a atuar sem controlo
Presidente do governo de transição admite que o país precisa de ajuda urgentemente para fazer frente aos problemas de segurança e ajuda humanitária. Grupos armados continuam a atuar sem controlo a revelação foi feita ao jornal francês Liberátion. Numa entrevista ao periódico, o Presidente do governo de transição da República Centro-africana, Michel Djotodia, afirmou que o país precisa de ajuda da comunidade internacional para fazer frente, a curto prazo, a dois desafios urgentes, relacionados entre si: a segurança e a ajuda humanitária. O Chefe de Estado reconheceu que a situação está a deteriorar-se com a ação de grupos armados e manifestou-se preocupado com a morte recente de cidadãos muçulmanos em duas regiões do noroeste centro-africano. Matando muçulmanos, procura-se arrastar o país para uma guerra civil e confessional, mas esse plano não funcionará. as tensões entre comunidades religiosas não são uma realidade no nosso país, adiantou o Presidente, e ex-líder da coligação rebelde Seleka, que levou a cabo o golpe de estado do passado dia 24 de março. a última onda de violência no noroeste acabou com uma centena de mortos e a autoria foi atribuida a combatentes relacionados com o Presidente destituído e exilado em França, François Bozizé. Na entrevista, Djotodia prometeu desarmar e integrar no exército os soldados da Seleka – perto de 22 mil -, com exceção dos que forem considerados culpados da prática de crimes. O pedido de auxílio do Presidente interino coincidiu com um encontro que se realizou em Bamako, no Mali, onde o Presidente do Chad, Idriss Deby Itno, pediu uma intervenção na República Centro-africana para evitar que se possa converter num bastião de terroristas no coração da África.