Um grupo de Índios Guarani, liderados por uma mulher que viu o marido e os três filhos morrerem na berma da estrada onde viveram 10 anos, invadiu uma plantação de cana-de-açucar para recuperar as suas terras ancestrais, no Mato Grosso do Sul, no Brasil
Um grupo de Índios Guarani, liderados por uma mulher que viu o marido e os três filhos morrerem na berma da estrada onde viveram 10 anos, invadiu uma plantação de cana-de-açucar para recuperar as suas terras ancestrais, no Mato Grosso do Sul, no Brasil Pela quarta vez, os índios Guarani efetuaram uma reocupação de terras que consideram ser dos seus antepassados, no Estado do Mato Grosso do Sul, no Brasil. a liderar o grupo está uma mulher que viu o marido e os três filhos morrerem no acampamento onde viviam, há 10 anos, na berma da estrada. as barracas foram destruídos por um fogo de origem misteriosa e os indígenas ameaçados de morte por pistoleiros que se supõe agirem a mando dos fazendeiros. Decidimos voltar à terra onde estão enterradas três crianças atropeladas e dilaceradas pelos carros das fazendas, duas lideranças assassinadas pelos pistoleiros dos fazendeiros, e uma idosa xamã com 70 anos, morta por intoxicação de veneno lançado por um avião agrícola, justificou Damiana Carvalho, líder da comunidade apy Ka’y. Nos últimos 10 anos, os indígenas têm tentado regressar às suas terras, mas são expulsos à força pelos fazendeiros e obrigados a viver junto à estrada, em condições perigosas e degradantes. Segundo a Survival Internacional, organização de defesa dos povos indígenas, a comunidade corre neste momento grande risco. Eles já receberam três ameaças de morte e dizem que houve uma tentativa de envenenamento do seu abastecimento de água após a reocupação, afirmam os ativistas, sublinhando que a falta de ação do governo para devolver a terra aos Guarani, como legalmente deveria ser feito, é vergonhosa, e tem sido catastrófica para os índios.